domingo, 28 de setembro de 2014

Não persista na sua resistência!

      Às vezes o que nos deixa pior não é o sentimento em si, é nossa interpretação, é o peso que colocamos com o significados que damos: "Como isso é ruim, não quero isso pra mim!" Essa negação do que acontece no momento, essa resistência que acaba machucando mais.  

    "Toda dor vem do desejo de não sentirmos dor" diz a letra da música do Legião Urbana. É bem por aí. Claro que conscientemente a maioria não quer sentir dor. Mas como já dizia Carlos Drummond de Andrade "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional".  E quando a dor inevitável vem, a mente consegue fazer com que doa mais ainda e que continue a doer por mais tempo, com sofrimento! É essa rejeição, raiva da dor, raiva ou pena de si mesmo, a mente que fica lutando contra a realidade, isso intensifica e prolonga a dor. Se aceitarmos a dor e lembrarmos que ficar odiando não vai fazer com que melhore (ao contrário), então sentiremos só a dor -ou nem isso mais-, não o sofrimento, ao menos amenizaria. 

    Tudo flui melhor então se apenas observarmos essa emoção ou dor que nos acontece, sem rotular, sem criticar e sem se identificar . Você não é isso que está olhando, não é o que pensa nem o que sente, é tudo transitório! Quanto menos você se apegar às ideias que têm a respeito das situações, quanto menos se agarrar às emoções, mais cedo vai embora o sofrimento. Como Jung disse: "Aquilo a que você resiste, persiste".

   Muitas vezes, por mais doloroso que seja, temos dificuldade de soltar, ficamos muito ligados àquilo que nos afeta.  Estou sofrendo, mas é "meu" sofrimento, é "minha" dor, diz respeito a"mim",  fico conectada a esse negativismo como se me pertencesse. Que possessividade e apego, não? Pois é, não há só o apego à pessoas e objetos, como também á emoções, e emoções que nos fazem mal! 

   Quanto mais se reclama, mais viciado fica em reclamar e claro, mais continuará tendo razão pra reclamar, já que se está dando foco ao que faz mal. Há pessoas vicidas em sofrer, e isso chega a nivel neurofisiológico mesmo.  Se interessar pelo tema,  clique nesses links para compreender mais, é bem interessante: http://portalestarbem.com.br/2013/01/18/como-pensamentos-se-tornam-vicios-quimicos/http://portalestarbem.com.br/2013/01/18/como-pensamentos-se-tornam-vicios-quimicos/

  Onde você foca sua energia, você está potencializando. Escolha para onde você quer 'gastar' (ou investir!) energia. Quanto mais você agradecer, mais vão surgir e você vai enxergar motivos pra sentir gratidão.
 
  De vez em quando pare um pouco para perceber bem o que seu corpo está pedindo. Às vezes é preciso desacelerar, para ouvir o que o "coração" está dizendo e se você não tirar o tempo apenas para você, não vai conseguir ouvir. Ao parar e entrar em contato contigo, pode ser que se sinta desconfortável, que não seja tão agradável... E daí pode vir a tristeza, o choro, sensação de vazio. Mas dê as boas vindas a isso tudo! Não rejeite nada, deixe passar...porque, você sabe, passa.

   É preciso dar espaço pra tristeza, ela precisa ser vista e sentida, vivenciada inteiramente. Logo a alegria volta, e você poderá senti-la melhor também!
 




Um comentário:

  1. Muito interessante sua reflexão acerca da identificação com os sofrimentos, com a dor. Me lembrou alguns textos de Eckhart Tolle sobre o corpo de dor.

    ResponderExcluir