Um texto sobre tristeza,mas muito do que está escrito vale para quaisquer sentimentos e emoções..
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Como você se trata?
"A principal tarefa
do ser humano é dar a luz a si mesmo" Erich Fromm.
Você não tem ou não teve os pais que gostaria?
Isso vale para (ex) parceiro(a) também. Eles (ou um deles) te trataram com
muita negligência, já que pareciam mais preocupados com outras coisas? Ou ao
contrário, foram muito severos, te criticando e proibindo muito, exigindo mais
que o máximo de você?
Talvez você já saiba sobre a importância
do perdão, o fato de que guardar mágoa você só está magoando a você mesmo.
Perdoar é libertar você mesmo desse sofrimento. Eles fizeram o melhor que
podiam, com o que sabiam, ou seja, muito pela ignorância, e em muitos casos
provavelmente tiveram uma criação semelhante, ou mesmo, do outro extremo, aí
tentaram compensar, indo para o outro pólo.
Mas o que quero falar com você é sobre VOCÊ,
já que os outros não conseguimos mudar. Será que você não tem um “pai interno”
muito rígido, que se cobra muito? Pois talvez seu pai não esteja mais presente,
ou tão presente, mas o que ficou interiorizado? Alguns agem consigo como o pai
ou mãe age ou agia, e muitas vezes de maneira ainda pior. Ou você está
sendo ausente consigo, se tratando com desleixo, deixando te tratarem como
quiserem, dizendo sim para os outros, e não para si? Se você está se desrespeitando, provavelmente
quem mais precisa de perdão é você. Você se perdoar por se maltratar, com as
autocríticas geralmente mais frequente que as criticas do outro, afinal, quem
convive com você direto? Você pode ser seu pior inimigo. Mas quanto mais você
toma consciência do seu diálogo mental, procurando mudar dos pensamentos contra
você mesmo para ao seu favor, mais é possível ir fazendo as pazes e ficar em
paz.
Então, seja como você foi ou é tratado
pelos pais, pelo (ex) companheiro, ou seja quem for, o mais importante é como
você se trata. Se te trataram com desprezo ou muita pressão, procure o
equilíbrio, tratando-se como gostaria de ser tratado. Quem não gosta de ser
tratado bem? Comece por você mesmo, seja sua melhor companhia. Você pode escolher
não se abandonar e se tratar com muito amor, como realmente merece. Ninguém
pode tirar esse amor por você, apenas te deixar cego para o que já há em ti,
mas só se você permitir. Ainda dá tempo de enxergar-se verdadeiramente sem
julgamentos, se acolher com toda compaixão. "Dê" a Luz para si, ou
melhor: permita-se receber e deixe crescer, pois ela já está aí.
"O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos." (Marguerite Yourcenar)
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Sobre suicídio
Aproveitando a campanha Setembro Amarelo escrevi um artigo no Jornal Folhasc a respeito desse tema que ainda é um tabu, sendo muito importante divulgar mais informações sobre.
O suicídio é considerado um problema de saúde pública.
De acordo com levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada 40
segundos uma pessoa se suicida no mundo. Ainda assim, o tema é tratado como tabu,
evita-se o assunto. A Associação Internacional de Prevenção do Suicídio criou a
campanha do Setembro Amarelo, que é um movimento mundial para conscientizar as
pessoas sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção em mais de
90% dos casos, segundo a OMS. Falar e informar a respeito são uma das maneiras de
prevenir.
Por
que afinal alguém tira sua própria vida? O suicídio não se limita a uma só razão
– ele envolve várias questões. É comum
achar que uma pessoa se matou devido a um fato que aconteceu em sua vida mais
recentemente, como uma separação ou perda do emprego, porém geralmente esses
fatores são a gota d’água, que desencadeiam um sofrimento insuportável, levando
a vontade de terminar com sua própria vida, que muitas vezes na verdade é a
vontade de terminar com seu sofrimento. Quando a pessoa sente uma terrível
angústia e desesperança parece que a morte é a única solução para sair desse labirinto
completamente escuro.
Algumas
das principais causas -que podem estar associadas a algum acontecimento
específico- são: depressão, dependência de drogas (incluindo álcool),
transtorno bipolar, anorexia, esquizofrenia. Importante ressaltar que isso não
significa necessariamente que pessoas com essas características cometem ou
pensam em suicídio, nem que quem não tem nenhuma dessas condições está isenta
do risco.
Muitos
pensam que quem tem intenção de se suicidar não fala a respeito, só quer chamar
atenção. Isso é um mito. É importante se atentar, pois por trás da ameaça
existe um pedido de ajuda. Grande maioria das pessoas que se mataram,
verbalizaram sua intenção previamente. Outros sinais de alerta: automutilação
(como se cortar), afastamento ou isolação social, comportamentos de risco marcados
por impulsividade e agressividade, apatia pouco usual, falas como “não aguento
mais”; “ nada mais importa”; “minha vida não tem mais sentido”; “tenho vontade
de acabar com tudo”.
E o que fazer quando identificar alguns
sinais? A melhor maneira de descobrir se
uma pessoa tem pensamentos de suicídio é perguntar para ela. Ao contrário da
crença popular, falar a respeito de suicídio não coloca a idéia na cabeça das
pessoas. Se a pessoa não quiser falar abertamente, é
importante que você tome a iniciativa. Fale -de uma maneira tranquila e sem
criticar- que percebeu, por exemplo, algumas mudanças de comportamento e que
está preocupado. Alguns exemplos de questões úteis: “Você sente que a vida não
vale mais a pena ser vivida? “Imagino que esteja sofrendo muito, deve ser muito
difícil, você alguma vez já pensou em deixar tudo?”“ Tem algo que eu possa
fazer para te ajudar?”“; É necessário parar para escutar -em um lugar adequado
com tempo necessário-, ouvir com toda atenção sem julgar, não comparar, não
interromper nem emitir opiniões; Reconhecer seu sofrimento, valorizar o que é
dito sem mudar de assunto nem dizer frases tentando incentivar, como “se anima!”
ou “sua vida é maravilhosa”- isso demonstra incompreensão e pode deixar a
pessoa se sentir mais culpada-; É fundamental que a pessoa saiba e sinta o
quanto importante ela é para você e outras pessoas, que sua vida tem valor e
que sua morte causaria sofrimento nas pessoas que a rodeiam, que sentiriam sua
falta. Por isso nunca é demais ter um gesto de carinho, mostrando que se
importa com ela, e que sua dor emocional é compreensível; Busque compreender os
motivos que levam a colocar o suicídio como opção e examine com ela razões e
maneiras para continuar a viver; Focalize os pontos fortes nela, levando-a refletir
e falar sobre como já resolveu problemas anteriores; Procure ajuda profissional;
Entre em contato com pessoas da família, amigos e colegas para reforçar seu
apoio.
A
CVV( Centro de Valorização da Vida) é uma ONG que surgiu com objetivo de
reduzir os números de suicídio. Voluntários ajudam pessoas por telefone (não é
preciso se identificar) ou presencialmente. Em Jaraguá do Sul, o CVV atende em
sua sede, localizada em uma sala cedida pela Prefeitura junto ao terminal
rodoviário, e também pelo telefone 3275-1144. Para mais informações a respeito entre
no site: http://www.cvv.org.br/
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
O diferente visto como louco
Algumas
pessoas consideram outras loucas porque simplesmente não as entendem. O que é desconhecido assusta, e
como defesa desse estranhamento e/ou medo é mais fácil julgar como loucura.
Só porque é esquisito/diferente não quer dizer
que é "loucura". É sempre mais fácil falar do outro, do que
olhar a própria dificuldade, nesse caso, de lidar com a incompreensão, de algo
sair fora daquilo que estamos acostumados.
Quando o que se repete muito, quando as
pessoas "viram estatísticas", o padrão é onde está a maioria, por
meios de comparação então os normais são consideradas as que estão dentro do
padrão de "NORMAlidade". Já os que tão fora dessa norma, sendo a
minoria, apresentando determinadas características ou comportamentos mais
incomuns, por consequência são os dito "anormais” já que não "encaixam"
com a maior parte da sociedade.
Muitos perdem a naturalidade para ficar dentro dessa
“norma”, como se quanto mais diferenças da maioria, mais estranho/doido fosse. Por isso que dizem que "de perto ninguém
é normal", se consideramos que quase ninguém é realmente espontâneo e
verdadeiro na maior parte das vezes/com a maior parte das pessoas, por receio
de ser julgado, excluído, torna-se então o mais parecido possível para ser
aceito.
Para alguns, tendo
uma visão diferente disso tudo, ser chamado de louco (diferente da maioria) é
um elogio! No fim, com tanta superficialidade, generalização, máscaras, (pré)conceitos
e paradigmas é difícil tomar algo como "verdade", torna-se mais
complicado ainda conhecer verdadeiramente os outros e a si mesmo.
Se formos nos preocupar com o que pensam
sobre nós, podemos deixar de fazer o que gostamos, de sermos simplesmente nós
mesmos. Alguns vão gostar do nosso jeito, outros não. Inevitavelmente escapamos
de rótulos e julgamentos. E é assim, correndo o risco de desagradar alguns que se
torna possível mostrar qualidades (antes ocultas) para o ponto de vista de
outros, inclusive para si. Só se expressando verdadeiramente que é possível se
conhecer melhor e desenvolver os potenciais.
Se
for pra ser julgado que seja pelo jeito autêntico que somos/agimos, não por
nossas máscaras. Quando
acontecer de sermos interpretados erroneamente aí também o problema está nos
"nos olhos de quem vê", uma imagem falsa que o outro enxergou, talvez
por não enxergar em si mesmo. E vamos ficar mais atentos com nossos próprios
julgamentos, olhar mais para o nosso próprio "olhar" do que para o
outro!
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Eu era feliz e (não) sabia
"Eu era feliz e não sabia".
Você já pensou, falou ou ouviu isso?
Como ''prevenir'' pra não usar essa frase no ''futuro''?
Você já pensou, falou ou ouviu isso?
Como ''prevenir'' pra não usar essa frase no ''futuro''?
Às vezes olhamos para o passado e sentimos
que "éramos felizes, mas não sabíamos". Alguns repetem muito esse
padrão, de olhar para trás e achar que era melhor que agora. Mas naquele tempo
do passado podíamos estar também olhando para trás, e se dizendo a mesma coisa.
Ou nesse passado que trás nostalgia, quando vivíamos não estávamos tão bem
quanto parece agora, por isso a frase "era tão feliz, MAS não sabia".
Através do olhar
atual, vemos as situações boas, mas enquanto vivíamos estávamos com outras preocupações,
por isso não desfrutamos tanto, como achamos que desfrutaríamos com a
consciência de hoje. Então, o que
podemos aprender com isso?
O que impede de nos sentirmos mais felizes, aproveitando a vida, é viver o mais plenamente possível o presente. Comparamos o passado como algo melhor, pois recordamos dos acontecimentos em si, dos momentos vividos
Mas sabe o que acontecia enquanto simplesmente vivíamos aquilo que agora é lembrado com saudades? Pensamentos limitadores. Pensamentos como: "não deveria ser assim, eu queria que fosse assado, não sou bom/boa o bastante, antigamente era mais fácil", etc. As autocríticas e reclamações. As comparações com o passado e as preocupações com o futuro. Por isso muitos não sabiam que eram felizes. Pois estavam focando no negativo, no que faltava, e sempre parece faltar algo. Na psicoterapia esse aspecto de auto-observação e autoconhecimento é muito importante, para reconhecer e mudar os padrões de pensamentos negativos e crenças limitantes, que geram tanto sofrimento.
O que impede de nos sentirmos mais felizes, aproveitando a vida, é viver o mais plenamente possível o presente. Comparamos o passado como algo melhor, pois recordamos dos acontecimentos em si, dos momentos vividos
Mas sabe o que acontecia enquanto simplesmente vivíamos aquilo que agora é lembrado com saudades? Pensamentos limitadores. Pensamentos como: "não deveria ser assim, eu queria que fosse assado, não sou bom/boa o bastante, antigamente era mais fácil", etc. As autocríticas e reclamações. As comparações com o passado e as preocupações com o futuro. Por isso muitos não sabiam que eram felizes. Pois estavam focando no negativo, no que faltava, e sempre parece faltar algo. Na psicoterapia esse aspecto de auto-observação e autoconhecimento é muito importante, para reconhecer e mudar os padrões de pensamentos negativos e crenças limitantes, que geram tanto sofrimento.
Será que daqui dez anos, você não vai olhar
para esse seu período de vida da mesma forma que olha agora para dez ou vinte
anos atrás? Achando que era tão mais maravilhoso? A questão é: Você não está no
passado, não está no futuro. Como valorizar e aproveitar melhor o presente,
para depois não se arrepender?
Se sua mente
está voltada para o passado ou futuro, onde está você agora? Por isso muitas
vezes "somos felizes e não sabemos", pois não estamos aqui e agora
para sentir essa felicidade, para presenciar o momento único. Lembrei
de uma música que tocava em um vídeo que adorava quando criança, e tinha essa
frase tão simples e sábia: “A hora para ser feliz é agora. O lugar pra ser
feliz é aqui”. Para quem quer aprofundar
nesse tema, recomendo o livro: “O Poder do Agora” de Eckhart Tolle e para se
inspirar um ótimo filme “Poder além da Vida”.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Medo de amar e ser amado.
É como se existissem brumas no encontro de algumas pessoas.
Se não existissem estariam se enxergando inteiramente.
Há algo que impede de ver e sentir totalmente.
Somos nós, seres com tantas falhas e tanto potencial
que deixamos nublado.
A luz pode ofuscar, se clarear podemos nos assustar.
Mais fácil então viver com as barreiras, nos acomodarmos em nossos bloqueios.
Nosso espelho interior está embaçado, parece perigoso refletir.
A transparência nos assombra.
O que nos encanta também nos espanta
Aproximamos de leve por um momento breve sem deixar que o coração nos leve.
É a presença do medo, ausência do amor.
O amor que se oculta na penumbra, pois o medo o esconde.
Não é bom, porém é até mais tranquilo lidar com o medo do que lidar com sentimentos "iluminados"
que achamos que podem nos cegar,
e na realidade, é justamente ao contrário,
é o que faria a gente com um "terceiro olho" enxergar.
Se não existissem estariam se enxergando inteiramente.
Há algo que impede de ver e sentir totalmente.
Somos nós, seres com tantas falhas e tanto potencial
que deixamos nublado.
A luz pode ofuscar, se clarear podemos nos assustar.
Mais fácil então viver com as barreiras, nos acomodarmos em nossos bloqueios.
Nosso espelho interior está embaçado, parece perigoso refletir.
A transparência nos assombra.
O que nos encanta também nos espanta
Aproximamos de leve por um momento breve sem deixar que o coração nos leve.
É a presença do medo, ausência do amor.
O amor que se oculta na penumbra, pois o medo o esconde.
Não é bom, porém é até mais tranquilo lidar com o medo do que lidar com sentimentos "iluminados"
que achamos que podem nos cegar,
e na realidade, é justamente ao contrário,
é o que faria a gente com um "terceiro olho" enxergar.
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