A autoestima pode ser definida como a opinião,
o sentimento e a visão que uma pessoa tem de si mesma. Dependendo de como está sua autoestima, a pessoa pode se
valorizar, ter mais autoconfiança e autorespeito ou ao contrário. A forma como
cada um se enxerga, se percebe e se trata, influencia nos seus comportamentos,
portanto afeta todas as áreas da vida.
Muitos confundem narcisismo com autoestima. As características do
narcisismo é o egocentrismo, arrogância, dificuldade de se colocar no lugar do
outro (falta de empatia), sentimentos de
grandiosidade/superioridade. Na verdade, aquela pessoa que na linguagem popular
dizemos que “se acha”, está querendo compensar sua sensação de insegurança, no
fundo ela se sente inferior, podendo esconder isso dela mesma para não sofrer
com a frustração. Muitos falam a respeito dessas pessoas que “elas tem excesso
de autoestima.” Porém, isso não pode ser verdadeiro. Seria como dizer, por
exemplo, “elas tem excesso de saúde/ de felicidade”. Não faz sentido, não é? Essas
pessoas a quem estamos nos referindo não têm autoestima boa/saudável. O que
elas têm é uma falsa autoestima, na verdade, é autoengano!
Essa necessidade de querer ser visto, admirado,
invejado, é justamente pela falta do amor próprio, então o indivíduo que parece
estar tão seguro por gostar de aparecer, esconde uma fragilidade, vestindo uma
máscara de forte e bem resolvido. Portanto, é preciso entender que quando
falamos de uma pessoa com autoestima, ela não se sente melhor que ninguém e
reconhece suas limitações, suas fragilidades, sabendo que não é perfeita. Quem
tem autoestima saudável consegue sentir compaixão pelo outro sem achar superior,
pois ela consegue perceber o sofrimento e também as qualidades das outras
pessoas.
A autoestima não depende de condições
externas, é o amor incondicional por si, independente do que você faz e o que
você tem. Então, não adianta buscar autoestima fora de si, é ilusório. Estudar
para ter um cargo importante, fazer cirurgia plástica, casar, tudo isso pode
trazer a sensação de realização e ajudar na autoestima, mas por tempo limitado
e vulnerável ás situações externas. Sabemos que é tudo impermanente,
transitório, e depois de conseguir alcançar o objeto de desejo e passar aquela
satisfação, já vai vir aquela sensação de falta novamente, por causa do vazio
interior (que é falta de se preencher com o próprio amor) então a falsa
necessidade de partir em busca de mais continua: é insaciável! Nada errado em
desejar e buscar o que se quer, é muito prazeroso mesmo, desde que seja
conscientemente, sem depender disso para ser feliz. O problema é depositar a
felicidade e acreditar que vai ser mais amado –e então se amar mais- por bens
materiais, por títulos e pela beleza física. O verdadeiro amor, tanto dos
outros por nós como de nós próprios, não é algo que depende desses fatores.
Essas falsas crenças podem trazer muitas frustrações, pois não se está olhando
para a raiz do sofrimento, portanto também não se está encontrando a verdadeira
solução.
Quem somos, como nos tratamos e como
respondemos ás situações é que mais importa. Não quer dizer que a autoestima
precisa ser inabalável, pois não é uma coisa fixa, rígida, é normal oscilar,
mas que possamos nos conhecer cada vez mais, nos trabalhando para oscilar cada
vez menos. O que você está buscando fora,
a aprovação alheia, é o que você não está se dando. Então, tendo consciência disso,
perceba se você está sendo amoroso consigo ou muito crítico. Você pode saber
melhor se está sendo seu melhor amigo observando aquela “voz” na sua mente: Tem
sido uma voz julgadora, que fica te recriminando? Se xingando? O que dizem seus
pensamentos? Você convive o dia inteiro, a vida toda, com você mesmo, então,
você é a pessoa mais importante de sua vida, que mais precisa de estima, da sua
própria estima!
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