Acreditar
que podemos ter controle com o que acontece ou deixa de acontecer conosco é um
dos maiores motivos da nossa tristeza. É uma ilusão em que pode nos dar uma
sensação de falso conforto por um tempo. Até ocorrer algo contra nossa vontade
então dizemos que algo deu “errado”, pois não estava nos nossos planos. Aí
lembramos (até esquecer novamente) que não é possível prever, por mais que nos
organizamos e fazemos tudo como está no “script”, algo pode falhar, mesmo que
da nossa parte achamos que fizemos tudo “certo”.
Controlar
nosso próprio comportamento tem a ver com a responsabilidade e consciência de
escolha de cada um. Controlamos então de
certo modo nossas ações, mas não as consequências. Não tem como controlarmos o
que os outros fazem. Não tem como controlarmos a natureza. Não temos controle
de nada sobre o mundo externo
Podemos ter atitudes que evitem que situações que achamos ruim aconteçam, tendo alguns cuidados. Mas essa cautela em muitos casos fica tão excessiva, que sufocam muitos, tanto àqueles que sentem a pré-ocupação desnecessária achando que o pior pode acontecer, como sufoca a quem convive. Claro que você não vai deixar de fazer sua parte, mas saiba qual é realmente a sua parte, até onde você pode ir. Reconheça e aceite que como um ser humano, tem seu limite: não é sua função cuidar de todos e de tudo, e que tudo saia no seu ideal de perfeição.
Podemos ter atitudes que evitem que situações que achamos ruim aconteçam, tendo alguns cuidados. Mas essa cautela em muitos casos fica tão excessiva, que sufocam muitos, tanto àqueles que sentem a pré-ocupação desnecessária achando que o pior pode acontecer, como sufoca a quem convive. Claro que você não vai deixar de fazer sua parte, mas saiba qual é realmente a sua parte, até onde você pode ir. Reconheça e aceite que como um ser humano, tem seu limite: não é sua função cuidar de todos e de tudo, e que tudo saia no seu ideal de perfeição.
Quando
aquilo que chamamos de problema acontece, sentimos a inútil culpa. Como se
pudéssemos controlar tudo conforme o que achamos melhor. Primeiro que nem
sempre sabemos o que é melhor pra gente. Se sempre desse tudo aparentemente
certo, deixaríamos muito de crescer, e perderíamos melhores oportunidades.
Ainda bem que às vezes nosso “pseudocontrole” não funciona! Há uma sabedoria
maior em cada um de nós que nos leva a caminhos desconhecidos, que por vezes
ficamos com medo e achamos que onde estávamos era melhor. Mas com o tempo
percebemos que se não fossem essas adversidades, não teríamos conhecido pessoas
e situações maravilhosas, além dos grandes aprendizados. Se nos soltarmos mais,
confiando no que nos acontece talvez aconteçam as mesmas situações que
aconteceriam se tivéssemos tentando controlar, mas tudo vai se tornar mais
leve, fluído e em alguns casos até divertido, sofreremos muito menos. Quanto
mais resistirmos, ficamos apegados aos nossos desejos e lutando contra o
problema, mais vai demorar para situação melhorar.
O fato é que a natureza da vida é
mudança, transição, transformação. Se apegando você destrói a beleza do
presente. É como querer caçar uma borboleta e guardar num pote de vidro, pois
achou linda e quer permanecer com ela, ela vai deixar de existir. A beleza era
justamente vê-la viva, em sua liberdade voando com suas belas asas coloridas.
Não queira controlar a vida e os seres, pois não vai conseguir mesmo, e só vai
trazer mais angústia! Aprecie a beleza enquanto há a pulsão de vida no
presente, em que só no aqui agora é possível viver e fazer algo se preciso e
possível, não ontem nem amanhã.
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