quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O diferente visto como louco



     Algumas pessoas consideram outras loucas porque simplesmente não as entendem. O que é desconhecido assusta, e como defesa desse estranhamento e/ou medo é mais fácil julgar como loucura. Só porque é esquisito/diferente não quer dizer que é "loucura". É sempre mais fácil falar do outro, do que olhar a própria dificuldade, nesse caso, de lidar com a incompreensão, de algo sair fora daquilo que estamos acostumados.
   Quando o que se repete muito, quando as pessoas "viram estatísticas", o padrão é onde está a maioria, por meios de comparação então os normais são consideradas as que estão dentro do padrão de "NORMAlidade". Já os que tão fora dessa norma, sendo a minoria, apresentando determinadas características ou comportamentos mais incomuns, por consequência são os dito "anormais” já que não "encaixam" com a maior parte da sociedade.
      Muitos perdem a naturalidade para ficar dentro dessa “norma”, como se quanto mais diferenças da maioria, mais estranho/doido fosse. Por isso que dizem que "de perto ninguém é normal", se consideramos que quase ninguém é realmente espontâneo e verdadeiro na maior parte das vezes/com a maior parte das pessoas, por receio de ser julgado, excluído, torna-se então o mais parecido possível para ser aceito.
     Para alguns, tendo uma visão diferente disso tudo, ser chamado de louco (diferente da maioria) é um elogio! No fim, com tanta superficialidade, generalização, máscaras, (pré)conceitos e paradigmas é difícil tomar algo como "verdade", torna-se mais complicado ainda conhecer verdadeiramente os outros e a si mesmo.
    Se formos nos preocupar com o que pensam sobre nós, podemos deixar de fazer o que gostamos, de sermos simplesmente nós mesmos. Alguns vão gostar do nosso jeito, outros não. Inevitavelmente escapamos de rótulos e julgamentos.  E é  assim, correndo o risco de desagradar alguns que se torna possível mostrar qualidades (antes ocultas) para o ponto de vista de outros, inclusive para si. Só se expressando verdadeiramente que é possível se conhecer melhor e desenvolver os potenciais.  
     Se for pra ser julgado que seja pelo jeito autêntico que somos/agimos, não por nossas máscaras. Quando acontecer de sermos interpretados erroneamente aí também o problema está nos "nos olhos de quem vê", uma imagem falsa que o outro enxergou, talvez por não enxergar em si mesmo. E vamos ficar mais atentos com nossos próprios julgamentos, olhar mais para o nosso próprio "olhar" do que para o outro!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Eu era feliz e (não) sabia

 "Eu era feliz e não sabia".
Você já pensou, falou ou ouviu isso?
Como ''prevenir''  pra não usar essa frase no ''futuro''?





     Às vezes olhamos para o passado e sentimos que "éramos felizes, mas não sabíamos". Alguns repetem muito esse padrão, de olhar para trás e achar que era melhor que agora. Mas naquele tempo do passado podíamos estar também olhando para trás, e se dizendo a mesma coisa. Ou nesse passado que trás nostalgia, quando vivíamos não estávamos tão bem quanto parece agora, por isso a frase "era tão feliz, MAS não sabia".
    Através do olhar atual, vemos as situações boas, mas enquanto vivíamos estávamos com outras preocupações, por isso não desfrutamos tanto, como achamos que desfrutaríamos com a consciência de hoje.  Então, o que podemos aprender com isso?     
 O que impede de nos sentirmos mais felizes, aproveitando a vida, é viver o mais plenamente possível o presente.   Comparamos o passado como algo melhor, pois recordamos dos acontecimentos em si, dos momentos vividos
   Mas sabe o que acontecia enquanto simplesmente vivíamos aquilo que agora é lembrado com saudades? Pensamentos limitadores. Pensamentos como: "não deveria ser assim, eu queria que fosse assado, não sou bom/boa o bastante, antigamente era mais fácil", etc. As autocríticas e reclamações. As comparações com o passado e as preocupações com o futuro. Por isso muitos não sabiam que eram felizes. Pois estavam focando no negativo, no que faltava, e sempre parece faltar algo. Na psicoterapia esse aspecto de auto-observação e autoconhecimento é muito importante, para reconhecer e mudar os padrões de pensamentos negativos e crenças limitantes, que geram tanto sofrimento.
   Será que daqui dez anos, você não vai olhar para esse seu período de vida da mesma forma que olha agora para dez ou vinte anos atrás? Achando que era tão mais maravilhoso? A questão é: Você não está no passado, não está no futuro. Como valorizar e aproveitar melhor o presente, para depois não se arrepender? 
   Se sua mente está voltada para o passado ou futuro, onde está você agora? Por isso muitas vezes "somos felizes e não sabemos", pois não estamos aqui e agora para sentir essa felicidade, para presenciar o momento único.   Lembrei de uma música que tocava em um vídeo que adorava quando criança, e tinha essa frase tão simples e sábia: “A hora para ser feliz é agora. O lugar pra ser feliz é aqui”.  Para quem quer aprofundar nesse tema, recomendo o livro: “O Poder do Agora” de Eckhart Tolle e para se inspirar um ótimo filme “Poder além da Vida”.