quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Escolha que traz mais Leveza


http://www.folhasc.com/

 


            Tentar resolver problemas com máquinas para muitos geralmente é mais fácil do que resolver conflitos em relacionamentos; Aprender a lidar com negócios e tecnologia pode até ser mais simples do que despertar para o mundo interior e praticar ser uma pessoa melhor em vários aspectos; Criticar os diversos problemas mundiais é mais fácil do que refletir acerca de si. É mais cômodo preocupar com o “que os outros vão achar de mim”, com aparências, com picuinhas, entre tantas outras coisas, do que tomar consciência que nos pré-ocupamos demasiadamente e desnecessariamente com bobagens que vão acabar, que é efêmero. É mais fácil ficar se estressando e reclamando ao invés de refletir e agir. Mais fácil sofrer com a falta das superficialidades que se deseja do que lembrar que essa sua identidade não é eterna, e que não vai levar nada desses materiais que tanto se esforça pra adquirir, além do que isso está longe de ser uma fonte de felicidade. Portanto parece ser mais fácil buscar a felicidade fora, através de objetos e de outras pessoas, como se tivessem obrigação de fazer o outro feliz.

É fácil falar dos defeitos e erros dos outros, estranhar suas atitudes e palavras, difícil é olhar para si, ter humildade e coragem de admitir os próprios erros, fraquezas. "Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”, disse Freud.  Uma das formas de interpretarmos essa frase é que quando falamos sobre algo ou alguém, é a partir do nosso olhar, de como consideramos, avaliamos e julgamos. Se estou dizendo o que acho sobre uma pessoa, um lugar, uma música, uma comida, etc. isso está mostrando minhas referências, percepções, opiniões, gostos e crenças, não como o são de fato, se não todas as pessoas diriam o mesmo. Como falou Leonardo Boff: Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão do mundo."

 É mais fácil ficar se xingando, bancando a vítima, o "coitado". Complicado é ir a fundo dos próprios dramas, enxergar profundamente a raiz do problema, fazer um esforço pra se modificar, deixar a acomodação e conformação de lado. É mais fácil falar apenas "eu sou assim e pronto" do que reconhecer que muitas vezes o que tem por trás desse orgulho é falta de autoconfiança por não acreditar que é possível mudar ou egocentrismo por achar que os outros que precisam tolerar certos comportamentos ou ainda, preguiça, falta de vontade, talvez algum receio de defrontar com certas verdades.

              É mais fácil para quem está habituado a esses comportamentos, sem questionar e buscar alternativas. Pois é possível tomar outras atitudes, aprender lidar de outras maneiras, com consequências então muito mais benéficas para si e para os outros. Infelizmente há muito autoengano e pouco autoconhecimento! Só reconhecendo nosso “lado escuro” que podemos dar início a uma positiva transformação, conseguir nos tornar o melhor que podemos ser a cada momento, se é isso que desejamos. O caminho que parece mais difícil no início se torna o mais leve. Quando saímos da zona de (des)conforto, e passamos a tomar consciência de nossas escolhas, sem ir simplesmente fazendo (e falando) qualquer coisa porque “sempre fizemos assim” e porque “todo mundo faz” passamos a perceber como a qualidade de vida melhora.

            Claro que não é de uma hora pra outra que se consegue mudar, mas tendo esse (re)conhecimento e vontade já é um passo fundamental. É um processo de despertar mais clareza e fazer escolhas mais conscientes aos poucos. A psicoterapia ajuda muito nesse autodescobrimento e desenvolvimento pessoal/emocional/relacional. 

            Você pode mandar e-mail para belisaraujo1@gmail.com se você quiser comentar algo sobre o artigo, tiver alguma dúvida ou quiser dar sugestão de tema para o próximo, será muito bem-vindo!






terça-feira, 21 de outubro de 2014

"(A)Norma...lidade", Naturalidade e julgamentos.


O que poderia passar despercebido, torna-se uma (falsa) necessidade; O que poderia mesmo ser considerado feio torna-se "bonito" e almejado quando é propagado em propagandas. Com cópias de cópias de cópias... Uns de outros... Cabe cada um se dar conta e não ser induzido, não perder a autenticidade, a escolha pelo próprio gosto e sem sofrer por não conseguir tudo o que é desejado, afinal, o desejo nunca será saciado.


Quando tudo aquilo que é maravilhoso e especial (como amor, solidariedade, gentileza, etc) está na boca da maioria, em capas de revistas, em qualquer livraria, em novelas e filmes hollywoodianos, acaba para muitos cansando de ouvir/ver/ler/saber a respeito, pois o que era belo e verdadeiro perdeu a graça. O que pode ser raro acontecer e sentir, banalizou, virou "clichê", perdendo o verdadeiro sentido, confundindo e assim são vistos de formas extremas: com ingenuidade, ilusões, fantasias ou com incredulidade, deboche/sarcasmo/ironia, frieza.

Quando o que é terrível (como violência , roubos, acidentes nas estradas) está há tantos anos em todos jornais, rádios e conversas cotidianas além do que presenciamos, então acostuma-se, já é fato corriqueiro. Por estar tão banalizado, alguns não vêem perspectiva de melhora, portanto não se mobilizam, no máximo reclamam. "Melhor" mesmo acomodar-se com o ruim, que para muitos já virou neutro, gerando apatia, ceticismo, inércia.

Quando o que se repete muito, quando as pessoas "viram estatísticas", o padrão é onde está a maioria, por meios de comparação então são comumente consideradas as que estão dentro do padrão de "NORMAlidade". Já os que tão "fora" desse padrão, sendo a minoria, apresentando determinadas características ou comportamentos mais raros que o comum, por consequência são os dito "anormais” / “loucos" ou "doentes", já que não "encaixa" com a maior parte da sociedade. Então, mais uma vez a separação, as polaridades, como se só pudesse haver dualidades, certo ou errado. 

Aí que muitos perdem a naturalidade, como se quanto mais diferenças da "maioria", mais estranho/doido/doente fosse. Por isso que dizem que "de perto ninguém é normal", se consideramos que quase ninguém é realmente espontâneo e verdadeiro na maior parte das vezes/com a maior parte das pessoas, por não querer ser julgado, excluído, torna-se então o mais parecido possível pra ser "aceito".

De qualquer modo, pra alguns, tendo uma visão diferente disso tudo, ser chamado de "louco" (diferente da maioria) é um elogio! No fim, com tanta superficialidade, generalização, máscaras, (pré) conceitos e paradigmas é difícil tomar algo como "verdade", torna-se mais complicado ainda conhecer verdadeiramente os outros e a si mesmo.

Sendo assim, sendo assado, não importa, não TENTE ser nada, simplesmente seja. Sem forçar e querer a todos agradar. Alguns vão gostar, outros não. De uma forma ou de outra, "bom" ou "ruim" é certamente limitante. Inevitavelmente escapamos de rótulos e julgamentos.

Algumas pessoas podem até mesmo estar ''julgando'', criticando, o que estou escrevendo (e tudo bem, o pior é aqueles que julgam a PESSOA em si). Se formos nos preocupar com o que pensam sobre nós, podemos deixar de fazer o que gostamos, de sermos verdadeiros. E é só assim, correndo o "risco" de desagradar alguns é que se torna possível mostrar qualidades (antes ocultas) para ponto de vista de outros, inclusive para si. Ou como você quer se conhecer, desenvolver seus potenciais?

Se for pra ser "julgado" que seja pelo jeito autêntico que somos/agimos, não por nossas máscaras. Quando acontecer de sermos interpretados erroneamente -pois muitas vezes há distorções e projeções- aí também o problema está nos "nos olhos de quem vê", uma imagem falsa que o outro enxergou, talvez por não ter enxergado em si mesmo. E vamos ficar mais atentos com nossos próprio julgamentos, olhar mais para o nosso "olhar" do que para o outro.



 

domingo, 12 de outubro de 2014

Sentir sem racionalizar, como crianças...

Através de experiências (boas e ruins) e das informações (leituras, intelectualização) acabamos aprendendo diversas teorias, vendo com outros olhos, "colocando coisas na mente",
pensando demais, sentindo de menos...

Às vezes é preciso desaprender, reaprender, voltando a ser e sentir como era na infância, quando não havia tanta racionalização,


Voltar ao "estado natural". Mas...sem deixar de ter cautela. Afinal a vida ensina a gente ter cuidado.Prudência tudo bem...mas vergonha e medo...estes podemos aliviar!



A esperança brilha no presente.




 ઇ‍ઉ É mais bonito ver o brilho nos olhos de quem acredita em um bom futuro do que a apatia, o olhar opaco sem esperança de quem vem com jeito que sabe tudo da vida e diz que acreditar em realizar algo no futuro "é coisa do passado." ઇ‍ઉ

★ A esperança brilha no presente. ★

Mini-Conto

 Olhou as estrelas e tentou vislumbrar um desenho. Lembrou de sua infância, quando formava desenhos e palavras, só ligando os pontinhos que estavam já no papel, achava aquilo mágico.
Enxergar seres em nuvens era fácil, mas em estrelas, não conseguia imaginar.
Já que não conseguia ver, resolveu criar, ela mesmo colocou mais estrelas para conseguir formar uma palavra, depois de colocá-la, o céu, -e ela- brilharam mais.


 

Deliciosa nostalgia

Saudades que surgem assim que odores indecifráveis de repente chamam nosso olfato e a dor fica apenas em um lugar..que parece ser ali no coração, o aperto inexplicável. E vem aquela nostalgia, às vezes lembrando uma época, alguém..outras, tão indecifrável quanto intocável.

Aquela deliciosa nostalgia que nos toma conta depois de sentir o sabor de algo que nos leva de volta à infância, nos sentimos novamente criança...

São os nossos sentidos nos fazendo tocar em partes que guardamos e não mais vivemos como antes.. tocando naquele pedaço pouco lembrado..

Quando se mexe aonde está latente, nossa criança interior agora desperta , recordações e sentimentos vêm à tona. ♡


Retorno á inocência!




"Não tenha medo de ser fraco
Não seja orgulhoso demais para ser forte

Basta olhar em seu coração, meu amigo
Esse será o retorno a você mesmo
O retorno à inocência

Se você quer, então comece a rir
Se você deve, então comece a chorar

Seja você mesmo não se esconda
Não importa o que as pessoas dizem

Basta seguir o seu próprio caminho
Não desista e use a chance
Para retornar à inocência

Esse não é o começo do fim
Esse é o retorno a você mesmo
O retorno à inocência"

https://www.youtube.com/watch?v=Jez_s_47Hjo#t=81
Linda música.. Esse vídeo me emociona (recomendo ver do início ao fim =))


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Vamos fazer uma viagem no tempo..

Vamos fazer uma viagem mental no tempo.

Dia das crianças chegando, vamos aproveitar pra voltar um pouco a nossa infância!



Imagine-se voltando aos seus 8 anos de idade.
Essa criança sabe tudo que vai ocorrer, como vai viver, até essa sua idade atual.

 Como ela se sentiria? 
Ela teria algo a dizer para seu eu adulto, algum pedido? 
O que ela iria querer melhorar?
 Essa criança está feliz com suas escolhas de hoje?

 Agora você ira pro futuro.

Imagine que você tem uns 80 anos de idade. 
Como você lembraria e olharia para sua vida vivida até então?
 Foi bem aproveitada?
 O que teria feito de diferente? 
O que mudaria se pudesse?






Retorne ao presente, trazendo os insights, percepções e orientações da criança,

 com autenticidade e ternura.

Em seguida, incorpore a mensagem do você mais velho, com mais experiência e sabedoria.

E se conseguir, leve consigo o aprendizado desse "passado e futuro" que estão em você 'atemporalmente', sentindo gratidão por estar aqui hoje com tantas possibilidades!


Ainda há tempo de melhorar, deixar "sua criança" mais feliz, e entrar na "terceira idade" sem arrependimentos. 
Natural continuar errando algumas vezes, que na verdade são experiências,
 mas as escolhas são tomadas com cada vez mais consciência.