No artigo do mês anterior escrevi sobre o que
é a autoestima. Neste artigo você vai entender mais as características de
alguém com baixa autoestima, podendo perceber se você se identifica com algumas
delas.
Submissão: Dificuldade de
dizer não para os outros. São aquelas pessoas sempre preocupadas em agradar,
dispostas a largar o que precisa fazer para si para ajudar os outros, se
colocam em último lugar. Acreditam que para serem aceitas precisam fazer o que
o outro deseja. São conhecidas como “boazinhas” demais, porém, essa atitude
demonstra na verdade uma falta de amor próprio que leva a pessoa achar que se
não ceder às vontades dos outros não será mais querida e amada.
Não
aceita elogios: Alguns
exemplos: Se alguém elogia sua blusa
a pessoa diz algo como “foi bem barata” ou “ah, essa blusa é velha”. Se elogia
sua beleza: “até parece, são seus olhos” Por não concordar ou ficar
constrangida devido à insegurança, a pessoa ao invés de agradecer, fala algo
para se desmerecer, não recebendo aquele presente que é o elogio! Ou também
pelo desejo de uma confirmação, para que o outro reforce aquilo que disse, já
que quem tem baixa autoestima busca muito esse reconhecimento dos outros, mesmo
que nem sempre concorde.
Perfeccionismo:
A insegurança interna é compensada pelo perfeccionismo excessivo.
São pessoas críticas e exigentes com elas mesmas. Como se sabe que a perfeição
não existe a procura é por um padrão colocado, a pessoa se cobra um ideal que
não é possível alcançar, pois sempre precisa ser melhor. Geralmente acaba sendo
critica com os outros também.
Sentir-se
exposto e julgado: Como
a pessoa se julga muito, ela acha que os outros estão julgando igual. Tem a
sensação que estão sempre percebendo as falhas que ela mesma percebe. Há na
verdade muito egocentrismo, pois ela de certa maneira acha que é o centro das
atenções, e também facilmente levam para o lado pessoal: interpretam um olhar,
uma fala, facilmente como uma critica negativa contra elas.
Carência: Quem tem
baixa autoestima, procura fora o amor que não se dá. Então fica mais vulnerável
às circunstâncias externas e dependente dos outros. É uma busca inconsciente do
reconhecimento que muitas vezes não houve na infância. Quanto menor o amor
próprio mais vai depositar a responsabilidade nos outros para preencher essa
falta.
Transtornos
alimentares, vícios e autossabotagem: O alimento está associado a
carinho, a cessação de um desconforto desde a primeira mamada de um bebê.
Pessoas com compulsão alimentar buscam pelo preenchimento de um “vazio”
interior, por segurança, por autoconfiança, aspectos que levam às sensações
primárias de contato com a figura da mãe, aquela que nutre, que acolhe e
protege. As
pessoas que se envolvem em vícios estão tendo um comportamento autodestrutivo,
que já começa nos pensamentos destrutivos. São pensamentos que se voltam contra
si. Pense em alguém que você ama: Você ofereceria algo que o prejudicasse?
Quando não só falta amor como até há raiva e ódio de si, a pessoa se boicota,
muitas vezes por achar (mesmo que não se dê conta disso) que não merece ser
feliz. Vícios também servem como uma válvula de escape, por ter dificuldades de
lidar com seus conflitos, se usa o prazer como uma fuga, e assim, acaba
afastando ainda mais do seu amor próprio. Quem ama respeita e cuida, isso serve
também para cada um consigo.
Sentir-se
vítima ou culpado –
A mentalidade de vítima faz com que a pessoa pense que não pode fazer as
mudanças que deseja por causa dos outros ou que a vida é injusta. Sente pena de
si mesmo, não se responsabiliza por suas escolhas e seu poder pessoal se
enfraquece. E no outro extremo, tudo que acontece, mesmo que não tenha nada ver
consigo a pessoa toma a culpa pra si, carrega um peso desnecessário nas costas.
Acha que faz tudo errado, e os problemas são causados por sua incapacidade.
Comparação
e inveja- É
comum as pessoas se compararem, e não há nada de errado em sentir inveja, desde
que não prejudique os outros nem a si. O problema está na intensidade,
frequência e como se lida com isso. Quem tem baixa autoestima sofre demais,
pois está constantemente se comparando, geralmente se sentindo inferior, e ao
se sentir superior ou fingir superioridade, também é um modo de mascarar sua
insegurança. Pessoas arrogantes, que se acham melhores e gostam ou necessitam
de se sentir invejadas não estão com sua autoestima saudável.
Essas são algumas dentre outras
características. Por ser um tema muito
amplo e que afeta muito nossa vida (em todas as áreas), darei continuidade no
próximo artigo, sobre como desenvolver uma boa autoestima.