terça-feira, 11 de novembro de 2014

"Pré-(des)ocupação".


     Você percebeu o quanto já sofreu devido a inúteis pré-ocupações e depois o que você temia nem aconteceu ou não foi tão ruim quanto imaginava? 

Nos ocupamos com algo que não está de fato acontecendo, não é a nossa realidade -não ainda pelo menos- não temos como adivinhar e ficamos criando hipóteses, geralmente baseadas no medo e ficamos sofrendo, sem poder agir. Ocupamos nossa mente o suficiente contando histórias assombrosas muitas vezes, pra nós mesmos, atrapalhando outras ocupações importantes e saudáveis (diferente das preocupações, que de ações não tem nada). Então sofremos por um futuro que não chegou!  Por algo que nem sabemos como vai ser exatamente, e já começamos a ficar mal antecipadamente, sendo que no AGORA está tudo bem. E se o que temíamos chegar já não vai ser mais futuro, e daí sim, no PRESENTE podemos saber o que fazer ou o que não fazer, mesmo que seja sofrido, é por algo "real", não só na cabeça.

     Claro que não é fácil e um pouco de preocupação em muitos casos é natural, mas estou falando daquela excessiva preocupação que dura muito e geralmente para coisas que não são casos de "vida ou morte"!  Portanto ajuda refletir a respeito, e se precisar busque recursos para amenizar como meditação, exercícios com respiração para acalmar, terapia, etc. Depois passa e percebemos que somos muito mais fortes e capazes de superar do que achávamos. 


    Devido a "neuras", divagações e hipóteses "paranoicas" sofremos por um passado que já passou, continua no presente só na mente, porque insistimos em lembrar. Com aquelas perguntas que não levam a nada -a não ser ao sofrimento- com o mal-dito "E SE?" : "E se eu tivesse feito de outra maneira? E se não fosse daquele jeito?" E ficamos re-sentindo, ressentimos, sentimos novamente a dor da mágoa, ou da raiva, da culpa, o que for. Tire o "E SE" das suas perguntas nessas circunstâncias e perceberá como será bem melhor. Melhor seria se questionar " O que essa situação/pessoa está me mostrando?"  O que posso aprender ou já aprendi com isso?" "Como posso melhorar a partir dessa situação?" 
 
      A maioria dos problemas, nós mesmos criamos, e caímos na própria armadilha. Nos prendemos ao que já passou e ao que pode acontecer, em ambos os casos, só existe em nossa mente: na memória (passado) e imaginação/suposição (futuro), o que gera tristeza/melancolia (em alguns casos podendo levar a depressão) e ansiedade/angústia, já que não podemos controlar nossa vida, impossível prever.
 
  Por isso, só cada um de nós pode "desinventar" os problemas que criamos e ainda colocamos tanta carga de emoção neles pelo o apego que temos com nossa criação, mesmo que nos faça tão mal:"é o MEU problema, MINHA  dor... Às vezes somos possessivos até com isso, quando nos identificamos com nossas emoções e situações que passamos. (leia mais a respeito depois aqui.

     Somos tão criativos a ponto de criar cenas terríveis em nossas mentes que mentem,  mas podemos usar essa mesma criatividade pra imaginar maravilhosas possibilidades, que podemos ajudar a co-criar! Com imaginação e ação. Então, reforçando, se nós que inventamos os problemas e continuamos a sustentar, cabe a cada um de nós reconhecer, e então desconstruir os "pseudo-problemas".  Aí temos mais tempo e energia pra procurar resolver os "verdadeiros problemas".
 

 

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