terça-feira, 25 de novembro de 2014

Coragem é "agir com o coração", mesmo que haja medo.

Você reconhece os desafios que tem coragem de enfrentar? Você valoriza suas superações? Talvez você pense que não tem feito nada demais para se parabenizar. Será?

Às vezes achamos que corajoso é quem consegue dar uma palestra para centenas de pessoas, é viajar sozinho o mundo sem muito dinheiro, é fazer um esporte radical, entre outras ações, que externamente parecem mais intensas, chamam mais atenção.
Mas só cada um sabe como se sente em tomar certa atitude, pois uma coisa pequena pra um pode ser grande pra outro e vice-versa. 



Portanto, às vezes, sua coragem está em tomar iniciativa de ir lá falar com uma pessoa, fazer uma apresentação para poucas pessoas, viajar de avião, ou dirigir um carro mesmo que seja uma quadra pois até então não conseguia nem sair da garagem, pedir perdão para alguém, começar um curso, etc. Pois diz a respeito do medo que você enfrenta e supera, e isso não tem como comparar com os outros, apenas comparar em relação a como você estava.



Coragem também é arriscar fazer algo que não sabe quais serão as consequências, é confiar que vale a pena tentar. É dar uma opinião ou fazer alguma mudança que pode gerar comentários maldosos e pessoas queridas podem afastar, talvez assim você descubra quem são os verdadeiros amigos. É seguir o que sua intuição diz, por mais que racionalmente possa não fazer sentido, agir com base na razão realmente é muito mais confortável, mas muitas vezes nos enganamos achando que racionalizar é pensar certo. O medo rouba nossos sonhos, a coragem é o coração que nos guia para realizá-los. Ou seja, coragem é o "coração que age".


A mente traz o medo, pois coloca todos os empecilhos possíveis, mas quando o amor é maior ou mesmo o desespero de continuar onde estamos é maior, passamos por cima desse medo. Talvez é até preciso mais coragem em continuar em uma situação tão horrível do que arriscar algo novo! Ter mais medo de continuar na estagnação do que da mudança pode ser o empurrão que precisamos!
 Coragem: Agir com Cor e CORação. Colocar mais cor nas nossas ações pra não cair na zona cinza de conforto, esperando ficar extremamente desconfortável pra se fazer alguma coisa -á força-, porque o medo conduziu a algo pior.
Se está difícil tomar um decisão pois lhe dá muito medo e você está esperando o medo desaparecer, é grande a chance de você continuar parado, pois o medo vai sumindo conforme vamos agindo.
Não é preciso tomar um atitude radical, pode ser aos poucos se assim for mais tranquilo, se não ficamos no pensamento de "tudo ou nada": "ou eu continuo do jeito que estou, ou eu resolvo essa situação de uma vez", uma ótima autosabotagem para protelarmos. 


Então, aprecie cada passo que você dá, pois é ele que te leva para mais longe, por menor que pareça, exige coragem, valorize isso, esse passinho é fundamental para ir além.
Que sua coragem seja maior que o medo. Que a curiosidade do desconhecido, do que você é capaz de des-cobrir e des-envolver seja maior que o medo. E que não seja o ego, que não seja o medo, que seja o Amor que te conduza!




"Tanto a fé quanto o medo exigem que você acredite em algo que você não pode enxergar. Cabe a você decidir no que quer acreditar." -Bob Proctor



Se você se interessou por esse tema talvez também goste desse: http://belisaraujo.blogspot.com.br/2014/11/grandes-mudancas-acontecem-de-dentro.html



"Grandes mudanças acontecem de dentro pra fora"

   Queremos tanto que a situação que está nos incomodando mude, mas às vezes ficamos só reclamando, sem nos mexermos e assim de nada ajuda, só intensifica nosso incômodo, além de incomodar os outros. Outras vezes até tentamos fazer algumas modificações,  queremos que os outros mudem inclusive, criticamos os outros, damos nossos conselhos, fazemos alguns movimentos, porém ficamos andando em círculos, por mais que haja esforço  parece que de nada adianta, um desgaste desnecessário. 

    O que está acontecendo que por mais insatisfeito que uma pessoa possa estar, e até saiba o que fazer, não sai do lugar? O que NÃO está acontecendo: é a mudança interna. Enquanto não mudarmos nossa atitude mental, nossa percepção que é tão subjetiva, não será possível mudar fora. Como a famosa frase do Gandhi "Seja a mudança que você deseja ver no mundo" . Você quer um mundo mais pacífico e amoroso? Então comece ser mais pacífico e amoroso, afinal o mundo, sociedade/ humanidade somos nós, cada um de nós tem sua importância e responsabilidade.  Quando uma pessoa pratica mais amorosidade o mundo já se torna melhor.  



Para ter ações mais benéficas para si e para os outros, melhor que seja de coração, quando você sente vontade e carinho nessas atitudes, sem ser forçado. Por isso quanto mais natural,  melhor, isso só pode ocorrer depois de um "trabalho interno".  





Muitas pessoas se preocupam (ainda bem!) com a higiene, em cuidar do corpo para ficar mais bonito, limpo e saudável, mas infelizmente não colocam em sua rotina os cuidados com uma parte fundamental: a mente (isso inclui seus pensamentos e emoções), se pudéssemos ver como vemos o corpo, a mente, certamente veríamos muitas ‘sujeiras’! Se houvesse mais atenção nesse aspecto com certeza haveria mais qualidade de vida.
 
Felicidade é um trabalho interno
 


Mas enquanto não acontecer essa mudança interior é muito bem vindo a prática, mesmo que pareça fingimento no início ou que seja chato, até interiorizando. Um exemplo simples é quando você se sente perdido, confuso, se sente bem "bagunçado" e faz uma faxina em casa,  arruma o quarto,  joga coisas fora,  separa roupas para doar,  então você se sente sendo "purificado" também,  se organizando tanto fora quanto dentro.

Na psicoterapia trabalhamos muito o autoconhecimento que é um grande catalisador de positivas transformações.   
Não podemos mudar o outro, mas podemos mudar o modo como olhamos (julgando menos e sendo mais empático) e como lidamos com o outro, e assim a RELAÇÃO já muda, isso é de imenso valor, não desperdice sua chance. Diretamente não podemos mudar ninguém, cada um no seu processo, porém não subestime seu poder de influência, agindo com autenticidade, "paz-ciência" e compaixão, você já está colocando mais Luz por onde e por quem passa. 

Se você se interessou por esse tema talvez também goste desse:
 http://belisaraujo.blogspot.com.br/2014/11/coragem-e-agir-com-o-coracao-mesmo-que.html


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

"A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder."


"A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.Os grandes mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita quietude e benevolência.
 
 Essa poderosa força, na qual todos estamos mergulhados, mantém o Universo em movimento, faz pulsar o coração dos pássaros, dos bandidos e dos homens de bem, na mais perfeita leveza.

 
 
O verdadeiro poder chega: sem ruído, sem alarde e sem violência.
Sempre que a palavra poder lhe vier à mente, lembre-se do Sol: nasce e se põe em profunda quietude; move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela e você só sabe pelo calorzinho que ele proporciona.

Acarinha as pétalas de uma flor sem a ferir, beija as faces de uma criança adormecida sem a acordar.
"Bem aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra".
- Jean-Yves Leloup.-
 

 
 "Enquanto nossa Paz depender de uma realidade exterior, não é a PAZ, enquanto nossa compreensão depender de uma doutrina  externa, ela não é Conhecimento.  Enquanto o nosso amor aos seres e ao mundo depender de suas (deles) afeições e de suas (deles) atitudes a nosso respeito, ele não é Amor."
Jean Yves Leloup
 
 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Pena ou compaixão?



"Sentir pena é perigoso quando não suporto a dor do outro e quero ajudá-lo por esta razão. Neste momento interfiro na sua alma. Nesse momento torno-me fraco e necessitado. Quando, no entanto, suporto a sua dor com respeito, dedico-me a ele a partir de outra dimensão. Essa dimensão, ao contrário da pena, é uma dimensão de força"
(Bert Hellinger)


Ficando com pena do outro, nos enfraquecemos juntos, então não podemos ajudar, ao contrário.
Sofremos então com a dor do outro porque vemos refletida a nossa.

Mas podemos sentir empatia e compaixão, sem dó e sem sofrimento. 

Como? Lembrando do Poder do outro. Enxergando sua Força e seus potenciais.

Lembre da sua própria Luz essencial e vai lembrar a do outro, enxergando nele não a sombra que o faz sofrer, e sim o reflexo do Amor, que o engrandecerá, e você o verá como semelhante, não como alguém menor.




"Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas".
(Eduardo Galeano)

 
Sempre ganhamos algo doando, mesmo que seja sentimento de "dever cumprido", de consciência tranquila. Portanto há sempre uma troca.

Assim como acho muito melhor e mais coerente a COMPAIXÃO e EMPATIA do que sentimento de PENA... Como se tivesse em uma posição superior ao outro, e só a pessoa com "dó" pudesse oferecer algo...Deixando o outro "coitado" numa posição passiva, parecendo até inútil e incapaz. E se receber o olhar e ajuda de "pena", o próprio vai se sentir assim, sem acreditar em si. Sendo que muitos julgados como vítimas, coitados, não são... e muitas vezes são mais felizes do que aqueles tido como 'privilegiados' (ao menos em determinada situação), e têm muito a ensinar àqueles que pensam que estão fazendo só favor. 
 Então: Sentir pena= sentir de algum modo superior, numa posição melhor, vantajosa (às vezes mesmo que inconscientemente sentir culpado por isso, e pra amenizar a culpa, sofre), ver o outro como fraco. 
Sentir Compaixão= Sentir como um semelhante, alguém que sofre também, tem suas fragilidades como todos sem deixar de enxergar  suas qualidades, sua força e seus potenciais, com a mesma Luz e Amor que todos temos...que todos Somos!

“Ninguém tem tanto que não possa receber ou tão pouco que não possa doar”.


 

"Pré-(des)ocupação".


     Você percebeu o quanto já sofreu devido a inúteis pré-ocupações e depois o que você temia nem aconteceu ou não foi tão ruim quanto imaginava? 

Nos ocupamos com algo que não está de fato acontecendo, não é a nossa realidade -não ainda pelo menos- não temos como adivinhar e ficamos criando hipóteses, geralmente baseadas no medo e ficamos sofrendo, sem poder agir. Ocupamos nossa mente o suficiente contando histórias assombrosas muitas vezes, pra nós mesmos, atrapalhando outras ocupações importantes e saudáveis (diferente das preocupações, que de ações não tem nada). Então sofremos por um futuro que não chegou!  Por algo que nem sabemos como vai ser exatamente, e já começamos a ficar mal antecipadamente, sendo que no AGORA está tudo bem. E se o que temíamos chegar já não vai ser mais futuro, e daí sim, no PRESENTE podemos saber o que fazer ou o que não fazer, mesmo que seja sofrido, é por algo "real", não só na cabeça.

     Claro que não é fácil e um pouco de preocupação em muitos casos é natural, mas estou falando daquela excessiva preocupação que dura muito e geralmente para coisas que não são casos de "vida ou morte"!  Portanto ajuda refletir a respeito, e se precisar busque recursos para amenizar como meditação, exercícios com respiração para acalmar, terapia, etc. Depois passa e percebemos que somos muito mais fortes e capazes de superar do que achávamos. 


    Devido a "neuras", divagações e hipóteses "paranoicas" sofremos por um passado que já passou, continua no presente só na mente, porque insistimos em lembrar. Com aquelas perguntas que não levam a nada -a não ser ao sofrimento- com o mal-dito "E SE?" : "E se eu tivesse feito de outra maneira? E se não fosse daquele jeito?" E ficamos re-sentindo, ressentimos, sentimos novamente a dor da mágoa, ou da raiva, da culpa, o que for. Tire o "E SE" das suas perguntas nessas circunstâncias e perceberá como será bem melhor. Melhor seria se questionar " O que essa situação/pessoa está me mostrando?"  O que posso aprender ou já aprendi com isso?" "Como posso melhorar a partir dessa situação?" 
 
      A maioria dos problemas, nós mesmos criamos, e caímos na própria armadilha. Nos prendemos ao que já passou e ao que pode acontecer, em ambos os casos, só existe em nossa mente: na memória (passado) e imaginação/suposição (futuro), o que gera tristeza/melancolia (em alguns casos podendo levar a depressão) e ansiedade/angústia, já que não podemos controlar nossa vida, impossível prever.
 
  Por isso, só cada um de nós pode "desinventar" os problemas que criamos e ainda colocamos tanta carga de emoção neles pelo o apego que temos com nossa criação, mesmo que nos faça tão mal:"é o MEU problema, MINHA  dor... Às vezes somos possessivos até com isso, quando nos identificamos com nossas emoções e situações que passamos. (leia mais a respeito depois aqui.

     Somos tão criativos a ponto de criar cenas terríveis em nossas mentes que mentem,  mas podemos usar essa mesma criatividade pra imaginar maravilhosas possibilidades, que podemos ajudar a co-criar! Com imaginação e ação. Então, reforçando, se nós que inventamos os problemas e continuamos a sustentar, cabe a cada um de nós reconhecer, e então desconstruir os "pseudo-problemas".  Aí temos mais tempo e energia pra procurar resolver os "verdadeiros problemas".
 

 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dualidades


Simbolicamente falando:
Você é uma guerreira (o) ou princesa/príncipe?
Fada/mago ou bruxa(o)?
Um ser das trevas ou um anjo?
Malvada(o) ou heroína/herói?

Na sua vida você é
Vilão ou vítima?
Corajosa(o) ou medrosa(o)?
Fraca(o) ou forte?
Amoroso(a) ou rancoroso(a)?

Se você escolheu uma das opções,
Saiba que o oposto também faz parte de ti!



Todos temos o "Yin e Yang", apesar que um pode predominar, então nos identificamos mais com o 8 ou com o 80.
Não há só preto ou branco. Não esqueçamos as outras tonalidades.

As dualidades estão em nós. Só que às vezes expressamos mais um lado nosso; O oposto continua lá, e pode acordar de maneira explosiva se por muito tempo for ocultado de si (consequentemente para os outros também) tanto que pega de surpresa alguns, que ficam sem reconhecer a pessoa.


O Ego nunca é 100% "bom" ou "mau", como vemos em mitos, e ficções de filmes, novelas. Esses personagens na verdade representam o que há em todo ser humano em diversos graus e formas de expressões. Por isso há tanta identificação com essas mentiras que contam verdades, sobre nós mesmos. A luta do bem contra o mal, em que é projetado, de uma forma tão separada, polarizada, está dentro de cada um. Acabamos muitas vezes atribuindo essas identificações para os papeis que representamos em nossa vida. Como o presidente mau X o presidente bom.

Temos comportamentos que são julgados às vezes como bons outras vezes como ruins. Mas não dá pra generalizar e rotular simplesmente.


Não há claro sem o escuro. Nem luz sem sombra. Não saberíamos distinguir o que é bom se não conhecêssemos o ruim. E é assim com todas as polaridades!

Por fim, deixo essas reflexões que gosto muito de Carl Jung:

“O pêndulo da mente se alterna entre perceber e não-perceber, entre o sentido e o não-sentido, e não entre certo e errado”.

"Tenciono agora fazer o jogo da vida,ser receptivo a tudo que me chegar,bom e mal,sol e sombra alternando-se eternamente;e,desta forma,aceitar também minha própria natureza,com seus aspectos positivos e negativos..."