Quem é você? Pense e responda para si. Geralmente
responde-se essa pergunta com algumas dessas informações: nome, idade,
trabalho, onde reside. Mas “quem É você” vai muito além de atributos, imagem,
rótulos, do ter e fazer. Quanto mais a
pessoa acredita SER sua profissão mais sofre quando perde o emprego ou se
aposenta. Quanto mais o indivíduo se identifica como sendo jovem com um corpo
esbelto, mais vai sofrer ao envelhecer ou se alguém criticar seu físico, mais
vai sentir-se machucado. Há mais sofrimento, pois a pessoa está perdendo ou
sentindo-se ofendida por aquilo que acha que é o “eu”.
Quem pouco se conhece, se ofende muito mais fácil; tem
mais dificuldade de lidar com a opinião alheia, coloca mais peso no que os
outros dizem, ficando vulnerável ao externo e reage mais – age por
impulso. Quando o indivíduo vai se
conhecendo melhor, deixa de viver no “piloto automático”, ou seja, toma
consciência de suas escolhas e atitudes, não age simplesmente para seguir a
maioria das pessoas, para ser aceito, agradar ou impressionar. Portanto, ele
tende agir com mais autenticidade, uma vez que, tal processo de
autoconhecimento permite uma integração entre pensar, sentir e agir.
Quanto menos
autoconhecimento maior a tendência de falar mal e culpar os outros. Ao apontar
os dedos para as falhas de outras pessoas, estamos deixando de olhar pra gente.
Na construção contínua do
autoconhecimento -que não tem fim- é importante conhecermos nossos “pontos
fracos”, não por isso vamos nos inferiorizar, nem ficarmos nos julgando. Junto
com o autoconhecimento também desenvolvemos a autocompaixão, nos tratamos com
mais carinho, paciência e aceitação.
O processo de autoconhecimento
ajuda a sairmos do papel que nos colocamos como vilãos ou vítimas, não ficamos
nos culpando/martirizando, mas também não temos pena de nós mesmos, e passamos a
nos responsabilizar mais. Também conhecemos nossas maravilhosas qualidades, muitas
das quais esquecemos, ignoramos ou não aproveitamos o suficiente, e assim, sem se
esquecer da autocompaixão por nossas limitações, fortalecemos a autoconfiança, temos
escolhas e atitudes com mais consciência e sabedoria, não nos irritamos tão
facilmente, manifestamos e potencializamos nossos potenciais, entre muitos
outros benefícios!
Para se conhecer melhor é importante a
auto-observação e autoquestionamento. Fique atento aos seus pensamentos, falas,
emoções e comportamentos. Quando por exemplo se perceber reclamando ou
criticando, observe o que você sente, se pergunte “por que estou tão
incomodado(a) com essa situação ou pessoa?”. Esse é só um exemplo de muitas
perguntas possíveis. Há alguns recursos
para facilitar o processo de autoconhecimento como leituras e cursos
relacionados ao tema, meditação e psicoterapia.