Desenvolver
amor próprio não tem a ver com a busca da perfeição. Algumas pessoas colocam
condições para se amar, por exemplo: “só vou conseguir ter uma boa autoestima quando
eu emagrecer; quando conseguir ser mais disciplinado(a); quando eu aprender a
ter mais paciência; quando conseguir aquele emprego...” entre tantas outras
características e situações exigidas. Vou listar algumas dicas para ajudar a
desenvolver uma boa autoestima, lembrando que se trata de um processo dinâmico,
não é algum “lugar” que você deva alcançar (nada é fixo), não existe uma
receita pronta, são algumas orientações que é importante frequentemente lembrar
e praticar.
1)Aceitar suas
limitações:
não se cobrar tanto, ter paciência consigo, lembrar que é humanamente impossível
ser perfeito. Importante não negar os “defeitos”, até porque só quando
reconhecemos é possível mudar algo.
2)Investir
em si- faça o que gosta e o que faz bem: Faça uma lista do que gosta de fazer e o que você
faz bem (não necessariamente precisam ser os mesmos) e tire mais tempo pra você
fazer essas coisas. Exemplo: ler, dançar, contato com a natureza, cozinhar,
desenhar, pintar, escrever, andar de bicicleta, correr, etc. Por incrível que
pareça muitas pessoas entram em uma rotina sem dar um mínimo espaço para seus
prazeres e talentos, por mais simples –porém significativos- que sejam.
3)Ajude os outros se sentirem bem: sem se anular, com pequenas atitudes é suficiente
e muito gratificante perceber que você contribuiu com outro ser.
4)Desafie-se
e ouse mais. Enfrente o medo: Coragem é agir
apesar do medo. Se ficar postergando/fugindo, isso confirma a
sensação de insegurança e incapacidade. Quanto mais vezes você se propuser a
fazer algumas das coisas que sente dificuldade, menos assustador estas
situações parecem e, mais preparado se irá sentir para realizá-las.
5)Transforme lamentações em decisões. Reclame menos e
agradeça mais: observe mais o que te “farta” ao invés do que te falta!
6) Valorize suas conquistas: Não espere dos outros. Você mesmo pode se parabenizar. Das pequenas às maiores, cada
passinho que você der merece ser reconhecido e valorizado.
7) Autorespeito.:
Aprenda dizer não sem
culpa. Respeite seus limites, suas vontades e sentimentos.
8) Aceite elogios- Agradeça! É um
presente que você está recebendo, leve com você. Se você não aceita está
rejeitando suas qualidades admiradas.
9)
Aprenda a rir de si: Amplie a sua
capacidade de humor, não se leve tão a sério!
10)
Trace objetivos alcançáveis: metas inatingíveis apenas servem para promover
a frustração e para baixar sua autoestima.
11) Atente-se aos pensamentos e
falas de autocrítica : Observe o que você pensa e fala a respeito de si.
Você gostaria de ter um amigo que fala dessa maneira de você? Seja sua melhor
companhia, afinal, você que convive consigo durante o dia todo, a vida toda.
12) Desidentificação com as emoções. Não se
rotule-
Por causa de uma atitude que julgamos como ruim nos desqualificamos como um
todo. Sem perceber que é apenas um comportamento naquele momento, que passa, e
temos muitas outras qualidades. Exemplo: se você agiu com raiva porque se
sentiu provocado, não quer dizer que é raivoso.
13)
Congruência e honestidade consigo:
Não agir conforme nossos valores é uma forma de “autotraição”. Quando não
agimos coerentes ao que pensamentos e sentimos, nos percebemos como uma farsa e
isso é péssimo para autoestima. Dificilmente confiamos em quem nos engana, isso
inclui o autoengano. Ao mentir, agir com falsidade, ou não cumprir algo que se propôs,
a confiança em si diminui.
14)
Evitar
comparações e autenticidade: É comum
comparar os nossos bastidores com o palco dos outros, ter inveja de alguém que
está “brilhando” sem saber todo esforço e sofrimento que já passou e
dificuldades que ainda passa. Ninguém é
melhor em ser você do que você mesmo, quanto mais você expressar sua
singularidade, sua autenticidade melhor vai ser pra você e para todos. Se
compare mais com você mesmo: “Como eu estava ontem, como estou hoje?”.
15)
Perdoe-se: não julgue situações passadas com valores do presente. Você agiu de
acordo com a consciência que tinha até então.
16) Autoconhecimento- Olhar
mais para dentro que para fora, mais para si do que para os outros. Sempre há
mais para nos conhecer, e esse “trabalho interior” é o que ajuda muito em todos
os itens anteriores. Devido sua importância, esse tema precisa e merece um
texto inteiro, que ficará para o próximo artigo.